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setembro 2024
 

Poderá a deepfake influenciar os resultados de eleições?

Com o avanço de tecnologias emergentes e da Inteligência Artificial, os ataques de deepfakes são cada vez mais sofisticados, podendo enganar qualquer pessoa. As deepfakes podem imitar voz e características faciais de qualquer pessoa, bastando ter uma fotografia ou um vídeo da pessoa em questão, que depois é utilizado pelos ciberatacantes para criar o conteúdo que desejarem. Uma das grandes consequências da evolução desta tecnologia é a desconfiança generalizada, que leva os utilizadores a duvidar de todos os conteúdos, até mesmo daqueles que são verídicos, criando um ambiente de incerteza e de desinformação.

As deepfakes podem ser utilizadas para criar cenários falsos que afetam diretamente a opinião pública sobre vários assuntos, no entanto este ano a tendência predominante tem sido a política.. Por exemplo, os ciberatacantes criam vídeos falsos que mostram um candidato político a prestar declarações ofensivas ou ilegais e que podem ser rapidamente divulgados nas redes sociais, influenciando negativamente a opinião pública e impactando significativamente os votos. Neste sentido, através da criação de vídeos ou áudios falsos, mas extremamente realistas, a deepfake tem a capacidade de influenciar profundamente os eleitores e desestabilizar o processo democrático.

A capacidade de criar realidades alternativas e de influenciar as perceções públicas de maneira tão eficaz exige uma resposta rápida e robusta. Assim, os governos, as organizações de TI e os cidadãos devem trabalhar juntos para desenvolver ferramentas de deteção, promover a alfabetização mediática e estabelecer leis que punam severamente a utilização maliciosa de deepfakes.

Como utilizadores e cidadãos, é essencial que estejamos atentos a esta tecnologia, percebendo de que forma podemos contorná-la e evitar que sejamos enganados em quaisquer circunstâncias. Deste modo, apresentamos algumas dicas para evitar ser enganado por deepfakes:

Intro
 
 
1. Verificação de fontes

É fundamental confirmar sempre a origem do vídeo ou áudio que foi divulgado. Priorize fontes de meios de comunicação de notícias confiáveis e reconhecidos e procure informações diretamente de fontes oficiais, como os canais de comunicação dos candidatos ou partidos políticos.

 
 
2. Atenção aos detalhes

Apesar de os ciberatacantes estarem cada vez mais sofisticados no que diz respeito à deepfake, ainda há algumas falhas que podem ser detetadas nos vídeos ou áudios falsos. Observe se há algo estranho na fala ou nos movimentos faciais.

 
 
3. Não partilhar imediatamente

Antes de partilhar qualquer vídeo ou áudio suspeito, faça uma pesquisa rápida para verificar a sua veracidade, de modo a não divulgar informação falsa. Neste sentido, é importante estabelecer procedimentos rigorosos de verificação, como verificar a origem dos vídeos, utilizar múltiplas fontes confiáveis e recorrer a tecnologias de autenticação. Quanto mais partilhas existirem, maior o número de pessoas afetadas pela desinformação.

 
 
4. Informação sobre deepfake

Informe-se e aprenda de que forma as deepfakes são criadas, quais os procedimentos comuns das mesmas e saiba como evitar acreditar numa situação dessas. Fale com amigos e familiares sobre os riscos e sinais de vídeos ou áudios falsos. Dentro das organizações, uma boa prática de cibersegurança é a implementação de programas contínuos de formação para colaboradores e campanhas de sensibilização para o público em geral sobre o que são deepfakes, como são criados e os riscos que representam.

 
 
5. Desconfiar de conteúdos sensacionalistas

Por norma, as deepfakes têm como objetivo criar impacto e emoções fortes. Neste sentido, costumam abordar temas polémicos para atraírem atenção, por isso desconfie de conteúdos que parecem exageradamente sensacionais ou chocantes.

 
 
6. Denunciar conteúdos suspeitos

Se encontrar um vídeo ou áudio suspeitos que tenha sido criado através de deepfake, denuncie-o às plataformas de redes sociais e às autoridades competentes para ajudar a evitar a propagação de desinformação.

 
 
7. Implementar tecnologia de deteção

Utilizar softwares especializados e ferramentas de análise de metadados para detetar deepfakes. Estes softwares analisam características de vídeos e imagens, procurando manipulações digitais e inconsistências que possam indicar a presença de deepfakes.

 
 
 

Ao adotarmos medidas proativas e colaborativas, podemos mitigar os riscos associados às deepfakes e proteger a integridade dos processos democráticos e da informação que consumimos diariamente. A educação e a consciencialização dos cidadãos são essenciais para identificar e lidar com estas ameaças, bem como o trabalho de governos, organizações de TI e meios de comunicação em conjunto para desenvolver tecnologias de deteção e implementar regulamentações eficazes contra o uso malicioso das deepfakes. Apenas através de um esforço conjunto poderemos enfrentar os desafios impostos por esta tecnologia e assegurar uma sociedade mais informada e segura.

Veja aqui um caso real de deepfake.

 

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